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A produção de peças cilíndricas com geometrias complexas tornou-se mais eficiente e econômica com os centros de torneamento multitarefa. Equipadas com eixos controlados numericamente, essas máquinas permitem usinar peças completas em um único ciclo, oferecendo maior precisão e reduzindo custos.

Antes, a fabricação de peças complexas exigia múltiplas operações em máquinas convencionais, o que prejudicava a qualidade e aumentava os gastos. Hoje, com as multitarefas de alto rendimento, as tolerâncias são mais rigorosas e a qualidade superficial das peças é significativamente melhorada.

A eficiência na produção de peças complexas está na precisão das máquinas multitarefa, que tornam possível a usinagem completa em um único ciclo, reduzindo custos e elevando a qualidade.

Essas máquinas podem usinar peças a partir de barras ou blanks, e contam com automações, como robôs e sistemas de carregamento automáticos, otimizando o processo de produção. Além disso, softwares avançados auxiliam na programação CNC e controle de produção, base para a manufatura moderna.

Entre os principais componentes dessas máquinas, destacam-se o fuso principal, contra-fuso, torres porta-ferramentas, eixos lineares e circulares, e ferramentas acionadas, que juntos garantem a eficiência e precisão na usinagem.

O Brasil, com um parque de máquinas envelhecido, precisa urgentemente de investimentos em tecnologias multitarefa para aumentar a competitividade e produtividade de suas indústrias, especialmente para exportação.

Os centros de torneamento multitarefa podem ser classificados com base na construção do cabeçote principal:

– Cabeçote fixo: A peça de trabalho permanece presa no dispositivo de fixação enquanto gira, e as ferramentas de corte movem-se longitudinalmente em relação a ela. As peças podem ser usinadas em balanço ou com o auxílio de acessórios como contraponta, contrafuso e lunetas, garantindo maior estabilidade durante o processo.

– Cabeçote móvel: Utilizado exclusivamente com barras, com diâmetros que variam entre 1 mm e 38 mm, ideal para microusinagem. A barra é fixada em uma pinça no cabeçote móvel e avança em direção à ferramenta de corte, que está posicionada a cerca de meio milímetro de uma bucha-guia. Esse sistema elimina o efeito de flexão da peça durante o corte, assegurando maior precisão e tolerâncias extremamente reduzidas. Tornos automáticos CNC com cabeçote móvel, também conhecidos como tornos tipo suíço, são fundamentais na produção de peças cilíndricas de alta precisão e complexidade.

Os centros de torneamento multitarefa mais modernos podem contar com até dez eixos, lineares e circulares, operando simultaneamente para realizar todas as operações necessárias em um único ciclo, maximizando a eficiência e a produtividade.

Componentes Principais dos Centros de Torneamento Multitarefa:

– Fuso principal: Instalado no cabeçote fixo ou móvel, é acionado por um motor de corrente alternada de frequência variável, permitindo o controle preciso das velocidades e do posicionamento angular. Altas rotações são essenciais para a usinagem de diversos materiais, incluindo aços endurecidos.

– Contrafuso: Move-se longitudinalmente e agarra a peça após a primeira operação, permitindo a usinagem do lado oposto sem a necessidade de etapas adicionais. Suas funções são semelhantes às do fuso principal.

– Torre porta-ferramentas indexável: Armazena e alterna as ferramentas de corte, podendo ser equipada com até três torres que operam simultaneamente. As torres se movem radialmente (eixo X) e longitudinalmente (eixo Z), com servomotores e guias lineares, para garantir maior precisão e força de corte.

– Carros porta-ferramentas lineares: Utilizados em tornos de cabeçote móvel para microusinagem, podendo operar em conjunto com torres indexáveis, dependendo da configuração da máquina.

– Ferramentas acionadas: Permitem operações como furação, fresamento transversal e torneamento helicoidal, graças à programação avançada do fuso principal ou contrafuso, proporcionando usinagem multifuncional.

– Eixo C: Controla o posicionamento angular e o movimento de avanço circular da peça, essencial para operações de fresamento e perfuração precisas.

– Eixo Y: Um terceiro eixo linear, perpendicular aos eixos X e Z, que viabiliza fresamento e perfuração fora do centro da peça, ampliando as possibilidades de usinagem.

– Eixo B: Permite o movimento angular da ferramenta de corte, essencial para operações de furação e fresamento em ângulos variados.

Considerações ao Selecionar um Centro de Torneamento de Alto Rendimento:

• Estrutura robusta: Necessária para usinar materiais diversos, incluindo os de alta dureza e difícil usinabilidade, garantindo precisão e longevidade mesmo em ambientes de trabalho intensos.
• Controle CNC avançado: Com grande capacidade de armazenamento e interfaces para comunicação com outras máquinas em células flexíveis de trabalho.
• Alta rotação e potência: No fuso, contrafuso e ferramentas acionadas, para lidar com uma ampla gama de materiais, além de sistemas rápidos de troca de ferramentas e lubrificação automática.
• Segurança e ergonomia: Conformidade com normas de segurança, baixos níveis de ruído e projeto ecológico, evitando vazamentos e emissões indesejadas.